segunda-feira, 20 de julho de 2009

num suspiro

costura a alma rasgada
com a linha do tempo
cobre-se do mais puro algodão
vermelho
a benção na saída
mais uma vez solta o coração
mede as palavras
com sabedoria de quem já secou
um mar nos lençóis
suspende a tristeza num suspiro
fecha os olhos ao entregar
nos ouvidos do Senhor
uma estrela
que lhe foi dada
ainda no ventre

2 comentários:

Luis disse...

Que lindo, Jaque.
Voce tem alma de poetiza e mística.

lima disse...

Ao ler... o suspiro vem...
Beijos, Lima