intimidade é quando a vida da gente relaxa
diante de outra vida e respira macio
não há porque se defender
o coração pode espalhar
os seus brinquedos
cantar a música que cada instante compõe
bordar cada encontro com as linhas
do seu próprio novelo
contar as paisagens que vê
enquanto cria o caminho
andar descalço
sem medo de ferir os pés
anunciando o amor
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
vida tecida
a vida é tecida
com os fios disponíveis
de cada agora
de cada respiro
de cada ação
de cada acontecimento
de cada sabor
é essa tecelã
que olha para mim
neste instante
e se revela
sabor é o presente
sabedoria é quando a gente desembrulha
com os fios disponíveis
de cada agora
de cada respiro
de cada ação
de cada acontecimento
de cada sabor
é essa tecelã
que olha para mim
neste instante
e se revela
sabor é o presente
sabedoria é quando a gente desembrulha
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
impermanência
eu não tenho muitas respostas
e as que tenho são impermanentes
como os invernos
os dias de céu de cara amarrada
os lugares de dor
os abismos todos
o bom uso das asas
os fios desencapados
as medidas e as desmedidas
tudo passa
e o que não quero que passe
a tristeza e o alívio
coabitam no espaço desta certeza
eu não tenho muitas respostas
o que eu tenho é fé
a lembrança de que as perguntas mudam
um modo de acreditar
que os tiquinhos de sol possam sorrir
o suficiente para desarmar
a sisudez nublada de alguns céus
e uma vontade bonita
toda minha
de crescer
e as que tenho são impermanentes
como os invernos
os dias de céu de cara amarrada
os lugares de dor
os abismos todos
o bom uso das asas
os fios desencapados
as medidas e as desmedidas
tudo passa
e o que não quero que passe
a tristeza e o alívio
coabitam no espaço desta certeza
eu não tenho muitas respostas
o que eu tenho é fé
a lembrança de que as perguntas mudam
um modo de acreditar
que os tiquinhos de sol possam sorrir
o suficiente para desarmar
a sisudez nublada de alguns céus
e uma vontade bonita
toda minha
de crescer
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