terça-feira, 8 de março de 2011

agora

um dia alguém me contou
quando era criança chorava
quando ouvia ou lia a palavra
derradeiro
acolhi com ouvido de poesia
e sorri
dentro, com ternura
por essas singularidades lindas
sorri muito mais porque agora mulher
diante de cada experiência derradeira
que a vida desembrulha
geralmente choro também
as vezes, à beça
por outros tantos instantes derradeiros
memória de choro é vasta

2 comentários:

Luis disse...

Profunda reflexão.
Aprender com a alegria e a dor.
Derradeira sem ser última...

lima disse...

BRAVO! BRAVO!

LIMA