quinta-feira, 30 de junho de 2011

cor

me pergunto
quem roubou a minha caixa de lápis de cor
a tristeza afrouxa um pouco
essa expressão tem uma inocência
capaz de me fazer
tocar em coisas sutis
sem ficar com medo de queimar a mão

domingo, 26 de junho de 2011

tecelã

vejo a flor
imagino a paciência tecelã
para que a ideia da semente seja dita

domingo, 19 de junho de 2011

sem medidas

vezenquando sinto uma saudade imensa
de um lugar que não sei onde é
mas de alguma maneira
sei que existe
é uma saudade diferente
sem imagens
a nitidez fala do sentimento bom
de um perfume de conforto raro
de um descanso de abraço amigo
de uma sensação clara e macia
de estar em casa
só a alma reconhece
um amor sem medidas
da música terna de Deus

domingo, 5 de junho de 2011

leve

pensamento leve 
é tempo de delicadezas
vento frio no rosto
lembro que invernos se encara de frente
peito aberto sustentado por uma flor
que não murcha
uma nuvem sozinha não faz temporal